Para se evitar mais sofrimentos devemos largar mão de "sermos" megalomaníacos.
Vários corpos foram arremessados pelo ar caindo no rio prata no Uruguai. Crianças inocentes sendo empaladas vivas ainda, bebês que eram retirados de suas genitoras, homens e mulheres seviciados pelas mãos criminosas e impiedosas de uma ditadura sangrenta e demoníaca.
O vôo da morte, era assim que era conhecida a prática de se lançar (sem nenhum arrependimento e/ou constrangimento) pessoas inocentes pelo ar. Quantos garotos e garotas não foram trucidados nessa passagem horrível que a américa latina viveu. A desculpa é sempre a mesma: "uma revolução aconteceu nas barbas dos estados unidos, não deixaremos disseminar pelo resto da América Latrina." E a barbárie veio logo em seguida.
Os corpos lançados no mar nos vôos da morte não se demoravam perdidos e muito menos eram devorados por tubarões. De acordo com os militares Uruguáios os corpos dos militantes estariam voltando às margens da praia prata, os militares de Montevidéu reclamaram aos seus amigos argentinos que isso estaria causando constrangimento aos turistas, e que seria melhor jogar os presos políticos no oceano atlântico para não voltarem mais. Não adiantou, os corpos insistiam em voltar junto com as correntes marítimas, parecia uma praga, uma sina que eles agora deveriam suportar. Os turistas ficaram roxos de tanto horror ao se depararem com aqueles corpos amarelos e destruídos pela tortura e sevícias.
A ditadura argentina preferia jogar os corpos no oceano do que queimá-los como faziam com os judeus na Alemanha nazista de Hitler. Utilizava esta prática de maneira sistemática. Uma outra forma de acabar com os prisioneiros era amarrá-los e dinamitá-los juntos, além do fuzilamento em massa.
E o facínora Jorge "tigre" Acosta tomou na tarraqueta em Outubro de 2011 levando pro cárcere apenas 640 anos de reclusão em regime fechado. O sujeito que falava com "Jesusinho" que na verdade tava mais pra capetinha passava suas noites perguntando pra entidade no auge de seu delírio a quem ele trucidaria e jogaria do avião na manhã seguinte, tamanha era seu fascínio pelo o escárnio.
O Cartas de Buenos Aires de hoje é sobre esse sujeito da foto, o piloto argentino Julio Alberto Poch, preso na semana passada dois anos após contar, em uma conversa entre colegas de trabalho, ter participado dos vôos da morte. Nesses vôos, comuns durante a última ditadura na Argentina (1976 a 1983), os prisioneiros eram levados em furgões a um aeroclube, normalmente à noite. Ao chegarem, recebiam uma injeção de Pentotal (um sonífero), eram embarcados em aviões e, após dormirem, jogados ao mar sem roupas, para que não houvesse nenhuma possibilidade de identificação.
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